Capitulo 62

- Vamos logo Luan! - Dizia na minha casa. Luan se arrumava lá em cima e nada de aparecer. Ele tinha ficado responsável por trazer as malas para baixo. - Vamos perder o vôo sabia? 

Ele apareceu no topo da escada todo desajeitado todo enrolado com uma as malas.

- Ao invés de reclamar sabe, você podia me ajudar... Sabia? - Ele disse de mau humor tentando fazer com que a minha mala de mão não caísse. 

- Mas como é desajeitado meu Deus! - Subi as escadas de encontro dele pegando a minha mala de mão e deixando ele com as de rodinha, minha e dele. 

- Você deixa três malas comigo e eu que sou desajeitado? - Ele parou na escada. Eu já havia descido. Ficou fazendo cara de ofendido. 

- Para de drama, vamos perder o vôo.

- Drama? - Ele ria. 

- É. 

Já estávamos na porta, prontos para sair. 

- Onde foi que eu te arranjei?

- Numa boate, já esqueceu? Joguei bebida em você! 

- Na verdade não. Não foi com a Emanuela que tudo começou, foi com a Manu. Primeiro na nossa infância, depois naquele escritório, me tratando mal, de atitude rebelde mas com uma composição digna de uma princesa pra lá de amorosa e delicada. 

- Aí Luan, só você! - Ri dele. 

Logo pegamos o vôo rumo a Paris. Depois de muito tempo e impaciência de Luan, chegamos. Desta vez ajudei ele com as malas e meu irmão e Tabita nos esperavam no aeroporto. Pude avista -los de longe. Fomos calmamente até eles a quando cheguei abracei forte Tabita, enquanto Luan cumprimentava meu irmão com mais distancia, eu sabia que ainda era difícil para ele. Depois trocamos, cumprimentei meu irmão, que disse no meu ouvido que estava feliz por receber Luan pro casamento. Ele tentava se redimir, consertar as coisas. Sobre altas conversas de Tabita e falas mais discretas de Caio, os acompanhamos até a casa deles. Eles andavam de mãos dadas, Tabita parecia feliz, e meu irmão, nas nuvens. O casamento seria no dia seguinte, pela noite. Ainda era cedo ali, descansaríamos e pela noite, daríamos uma volta com eles. Fomos com o carro deles até a casa. Era grande, moraria na mesma depois de casados. Perguntei pela empresa, Caio disse que estava perfeitamente bem, uma das maiores da cidade. Assim passou o dia, conversei muito com minha agora futura cunhada enquanto Luan dormia e Caio olhava os últimos preparativos da festa. Depois me juntei a Luan e também descansei. A noite saímos, apresentar a Luan a noite parisiense. Fomos um dos famosos restaurantes e depois passeamos pela cidade movimentada. Um passeio normal, mas bem divertido enquanto riamos e percebia Luan e Caio trocarem algumas palavras, talvez se dessem melhor. No dia seguinte o casamento foi perfeito, éramos padrinhos e Luan ficou incrivelmente perfeito dentro daquele terno. Meu vestido era longo, verde, e caia perfeitamente bem em mim. Luan não me poupou elogios. Ver meu irmãos Tabita casando era no mínimo estranho, mas se eles estavam felizes, o que fazer. Cheguei a chorar ali, mas reparei que pessoas me olhavam em duvida. De certo se assustavam com a herdeira fugitiva de todo aquele império que estava a empresa, em Paris e também em Londrina. Mas eu tinha Luan ao meu lado, e nada importava. Éramos parados as vezes na rua, fãs de Luan que moravam ali e até pessoas que curtiam, mas nada demais. Caio e Tabita, depois de dizerem o sim, ficaram na festa, a mesma que eu e Luan aproveitamos bem, e depois foram em direção a lua de mel deles. Ficamos mais um dia lá e voltamos pela noite, Luan tinha show na outra noite. Fomos direto para a cidade e ele se apresentou. Acompanhei ele aquele final de semana em seus shows, e ao voltarmos para Londrina, resolvemos sair na terça. Era uma boate que freqüentava muito antes de Luan e temia alguém me reconhecer, e foi o que houve. Estava no bar, comprando algo não muito forte e senti alguém atras de mim. Levei a mão ao seu pescoço e ali reconhecia que não era Luan. Virei um pouco perturbada e dei de cara com um homem alto, de postura máscula.

- Posso ajudar?

Posto mais um hoje haha ;)